segunda-feira, 6 de janeiro de 2020
AS MULHERES E O FRANGO
(Pequena e deliciosa história, contada por Boccaccio, em seu Decameron).
Um certo rei mulherengo, dá em cima da linda mulher de um de seus ministros, e no sentido de facilitar seus libidinosos intentos, despacha-o para uma missão em longínquo reino.
A fim de aproximar-se dela, convida a si mesmo para um jantar em sua residência. Suspeitando de seus propósitos, mas não ousando desobedecer-lhe às ordens, ela prepara um suntuoso jantar à base de frangos, preparados das mais diversas maneiras.
- Mas por que tanto frango ? -, exclama o rei, a certa altura. Não há outra comida na região ?
- Há, meu senhor -, respondeu a mulher do ministro. É que as mulheres, como os frangos, por mais diferentemente preparadas que pareçam, são sempre as mesmas.
O rei entendeu a sutil analogia e voltou para sua própria mulher.
segunda chance
Queria ter uma segunda chance,
não de viver outra vida,
reparar os erros,
consertar cagadas que certamente
voltaria a fazer.
Queria poder, isto sim, sentir a sensação de ver,
pela primeira vez,
o recital de sapos e grilos ao cair da tarde
no paraíso do Agudo;
o cheiro da água lamacenta do Jacuí;
o aroma de feijão, do pão de milho, o cheiro luxuoso
o cheiro da água lamacenta do Jacuí;
o aroma de feijão, do pão de milho, o cheiro luxuoso
do fogão à lenha da casa da minha avó;
as peladas improvisadas nos potreros cachoeirenses;
o abraço caloroso da gross-mutter;
o bater descontrolado do coração
na primeira vez que te vi..
as peladas improvisadas nos potreros cachoeirenses;
o abraço caloroso da gross-mutter;
o bater descontrolado do coração
na primeira vez que te vi..
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