terça-feira, 21 de março de 2023



                  matar ou morrer





Matar para não morrer.

Matar por matar.

Matar por obrigação.

Matar como profissão.

Matar, matar, matar...


Matar e dizimar.

Matar e comemorar

como num esporte qualquer.

Matar e rezar.

Que mal não há.

Matar é preciso.

Cordeiros de Deus que tiram

os pecados do mundo.

A ferro e fogo.










 




 ... um ser assim, diferente de mim

em cada coisa que não é,

acaba sendo igual a mim.     





              a melhor parte é o imprevisto






Já se vão os dias

de sonho e fantasias.

Agora tudo enfim se liberta.

Hora do ganho não prescrito.

A vida mostrando como é a vida.

Sempre renascida.

Jogando entre a paz e os conflitos.

Em que a melhor parte  é o imprevisto.


Acabou-se a esperança mas não a temperança.

Cada dia penetro mais no país luminoso do meu ser.

Para te oferecer o meu melhor.

Tudo agora se resume a conciliar as solidões 

que se abraçam.

Prelibando a hera antiga.

O prêmio ganho no limite.

















 

segunda-feira, 20 de março de 2023



                      o invento de cada dia





Somos o invento de cada dia.

Compelidos à assimilar as lições da vida.

Atentos à cada etapa.

Fazendo a lição de casa para evitar trapalhadas.

Com humildade para aprender.

Não viver de sonhos.

Nem de nada em excesso.

Comedimento é o segredo, se é que não sabes.


Somos o invento de cada dia. 

Com direitos e deveres.

Sonhemos, mas sem perder de vista a realidade.

As coisas imaginárias matam sem piedade.

Sede fiel ao tempo, cada coisa a seu tempo.

Se apaixone, ame, mas não queira mais 

do que está a seu alcance. 

Pois para tudo há condições, prazos.


Somos o invento de cada dia.

Pagando caro por ouvir o coração.

Consumidos pelo amor possessivo, que estraga tudo 

a qualquer tempo.

Independentemente da idade.

Pois há jovens maduros e velhos pateticamente imaturos.

Que esquecem da idade, dos limites, e até mesmo

do grau das exigências.

Dizem que o dinheiro compra tudo, 

até mesmo amor sincero (garante Nelson Rodrigues),

mas não é tão simples assim.

A imaturidade põe tudo a perder.






  







 













 




 



                                      a última viagem



Paixões são o tempero da vida.

Até mesmo para veganos.


                      O mundo é do tamanho de nossos sonhos. 


Perdão se te decepcionei.

Perdão se te magoei.

Bem que me esforcei.

Mas meu coração não.


            Vivo em grande estiagem.

               A espera da última viagem.









Perco-me no mundo

perdido e sem nome.

Mora de favor no coração 

um amor que morre de fome. 





                boa gente



Depõe contra mim 

esse meu jeito meio rabugento,

dois casamentos desfeitos,

a mania de querer tudo direito.

No mais, até que sou boa gente. 



                 

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