é o que há
A vida esmorece de ser em alegorias evanescentes.
Reabrindo feridas, repetindo a sanha das desavenças,
crivada de começos e recomeços
de rubras florações.
A luz dos conflitos alumia as sagas hereditárias.
Crucial é a desmemória.
Crucial é a demência da vitória.
As sangrentas batalhas se resolvem à revelia
dos respectivos fins.
A humana humanidade se deleita em abismos inocentes.
Ao negar-se a esperança, os temores ameaçam
a calma transitória.
A vida feita de resignar-se é o que há.
Quebrando-se para resistir.
Renascendo para sobreviver.