terça-feira, 20 de dezembro de 2016

                              A QUEM INTERESSAR POSSA


Poucos de nós somos capazes de reconhecer os próprios erros, assumir culpas e responsabilidades por atos que não só prejudicam como inviabilizam as relações que costuramos ao longo dessa grande colcha de retalhos que é a vida. 
São poucos os que conseguem olhar para além do próprio umbigo, deixar o egoísmo e a mesquinharia de lado, e sobretudo, colocar-se no lugar dos outros para melhor entendê-las, ampará-las e partilhar de suas dores e problemas. 
Em suma, pouquíssimos de nós correspondemos ao elevado conceito que fazemos de nós mesmos. Conceitos estes naturalmente moldados por premissas e ideais deformadas pelo próprio meio ambiente, familiar e social, em que estamos inseridos. Ou seja, pelo que nos é incutido em casa e na rua.  
Nesse contexto distópico, o conflito entre o que temos, o que somos ou podíamos ter sido, permanece como uma abstração que nos sonega a percepção de que a felicidade está nas coisas mais simples. De que estar de bem consigo próprio e com a vida, é a maior das conquistas. 


Alvorada na praia de Itararé, São Vicente/jan 2017    











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