sábado, 22 de abril de 2017


           POR UM FUTEBOL MAIS LIMPO



Ou muito me engano ou a tolerância com os erros de arbitragem está prestes a findar. Aquilo que sempre foi considerado pela própria FIFA como um ingrediente a mais para manter acessa a paixão pelo futebol, parece cada vez mais difícil de ser olimpicamente digerido, em razão da recorrência com que falhas grotescas de arbitragem interferem nos resultados. Falhas tão graves que se não propriamente deliberadas, algo sempre difícil de comprovar, claramente induzidas quando, por exemplo, escala-se árbitros sem o devido preparo para suportar as pressões dos grandes jogos. 
Como o soprador de apito inglês que ferrou com o Bayern de Munique na derrota de 4 a 2 para o Real Madrid, na última terça-feira (18/4), e a própria atuação marota do alemão que ajudou a segurar o Barcelona no empate de 0 a 0 com a Juventus. Que entrou sugestionado a não dar qualquer colher de chá ao time catalão, em represália a força recebida na histórica goleada de 6 a 1 contra o PSG, criticada por meio mundo. Assim imbuído, não só várias faltas nas cercanias da área italiana passaram em branco, como um claro pisão de Daniel Alves em Neymar na meia-lua italiana, e um indiscutível pênalti em toque do lateral brasileiro Alex Sandro, também foram solenemente ignorados pelo juizão. 


Se no caso do Braça a arbitragem ficou em segundo plano, reconhecida a justiça da classificação da Juve, sacramentada nos 3 a 0 de Turim, já a eliminação do Bayern foi o chamado caso de polícia. Mais até que o sempre lembrado gol fantasma com que a Inglaterra eliminou a Alemanha na copa de 1966, pois nesse de agora, além da expulsão absurda de Vidal, dois dos três gols de Cristiano Ronaldo foram marcados em impedimento.
Algo inaceitável em qualquer jogo, convenhamos, e mais ainda em jogos de primeira grandeza, vistos pelo mundo inteiro, e que por isso mesmo, tornam o uso de recursos eletrônicos um medida inadiável, não só para garantir o brilho dos espetáculos, como a lisura das competições. O mundo está cansado de trapaças e trapaceiros, e o futebol, como espelho da sociedade, também clama por uma mudança de atitude e mentalidade. 
O que passa pela conscientização e colaboração nesse sentido de todos os personagens desse grande teatro. Começando por aplaudir e incentivar exemplos como o do zagueiro são-paulino Rodrigo Caio, que alertou o árbitro sobre o cartão amarelo equivocado que havia dado ao corintiano Jô. Gesto paradoxalmente criticado por muitos, e que valeu até censuras internas ao atleta, em função da força da velha cultura da malandragem entranhada não só no futebol, como na sociedade em geral. Cabe a estes adeptos da famigerada lei de Gerson considerar que o próprio aperfeiçoamento das arbitragens depende de uma mudança de atitude dos atletas, pois só assim teremos um futebol mais limpo e digno da importância que desfruta no contexto social e em nossas vidas. 

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