quarta-feira, 19 de julho de 2017

                               VERGONHOSO E ULTRAJANTE



Admiro os que conseguem levar tudo numa boa, sem perder as estribeiras, civilizadamente, mas, por outro lado, me pergunto se não é por causa dessa famosa leniência, subserviência e cumplicidade com o tal status quo delituoso escancarado pela operação Lava-Jato, que as coisas não atam nem desatam, e indo de mal a pior em nosso sofrido país.

Crescemos num ambiente sabidamente machista, de desigualdade, truculência e discriminatório no âmbito social, com o agravante de permeado pela conivência, passividade e conformismo em relação aos direitos civis e constitucionais. Mais especificamente, em relação aos delitos e ilicitudes praticados por agentes públicos eleitos e nomeados para lidar e zelar pela coisa pública.

Funções que costumam ser não só desvirtuadas como criminosamente burladas, sem que a sociedade se manifeste e se imponha com a devida veemência e contundência. E não só em relação aos casos mais escabrosos, e cuja recorrência chega a dar náuseas,  mesmo transgressões mais simples e corriqueiras, no exercício da cidadania, são comumente engolidas e digeridas sem maiores consequências para os responsáveis. Panorama que às duras penas a PF, o MPF e sobretudo, a chamada República de Curitiba, vem tentando mudar.  

É nesse chove-e-não-molha que nos encontramos, esperando por duas melhores que nunca chegam, ou chegam com muito vagar, posto que Moro é um só, e o bombardeio a Lava-Jato é forte e intermitente. Ungidos e protegidos por leis de exceção, os parasitas e rufiões continuam a desafiar o senso comum, e simples manifestações de apoio e incentivo nas redes sociais não são suficientes para reverter esse quadro.

Urge, pois, que a sociedade acorde e reaja à altura a esbórnia em que o país se encontra, na qual o descalabro que se abate sobre o Rio de Janeiro é o exemplo mais vergonhoso e ultrajante. Nesse sentido, não deixa de ser emblemático que o mais famoso cartão postal do país tenha se transformado no símbolo da rapinagem e da degradação político-governamental que proliferou sob a égide petista.  

Partido que teima em desafiar a sociedade com seu discurso peçonhento e nauseabundo, em que o tom beligerante volta a ser a tônica e a desesperada cartada de Lula e seus asseclas para retomar o poder. Perspectiva tão absurda e tenebrosa que equivale a oficializar a roubalheira e bandidagem como lema do país.

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