semeando ventos
Ventos lumpaciosos irrompem intermitentes
Sopram zéfiros, alísios, lufadas sincopadas
Repentinamente encorpadas
Em monções torrenciais, tempestades tropicais
É imperioso se precaver
Me acuda anjo Castiel
Dos infortúnios que se sucedem, banzeiros
Desgraça pouca é bobagem
Ajayô, meu pai, meu santo protetor !
Desenrascanço que me desenrasca
Com a possança dos espíritos fluídos
Sabajos, mandingas, sortilégios passem ao largo
De abacués recalcitrantes, assomos maléficos me livrem
Vade retro, satanás !
Trago o corpo fechado, o punho cerrado
Invólucro hermético e indevassável
Homizio da alma imbricado na infinita
Complexidade das coisas
Saravá Oxalá, Ogum, babalorixás
Santo Expedito das causas impossíveis
Protejam-me dos perigos do mundo
De semear ventos e colher tempestades.