terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
O COFRE
De me enganar cansei, os grandes planos abortei
Nada do que planejei se concretizou
Nada do que sempre acreditei restou
Certezas nenhuma, só sei que nada sei.
Do que fiz na vida, pouco ou quase nada ficou
Tudo de bom se perdeu, se dispersou.
Tantas coisas relegadas ao sótão da memória
Invioláveis despojos de uma jornada inglória.
Caixas e mais caixas de guardados
Já sem serventia, testemunhas de tempos idos.
De momentos inesquecíveis, de entes queridos
Que serão para sempre lembrados.
Eis o mote. O norte a ser seguido.
Honrar o nome, o legado da família.
Inspirar-se no passado bem vivido
Não deixar o barco à revelia.
Uma parte de mim ainda sofre,
O calvário talvez nunca tenha fim.
Ainda haverá um tempo para mim ?
De achar a chave do cofre ?
Onde jaz não o que perdi, mas o que achei.
Não o que me fez sofrer, mas o que ganhei.
Não aquilo que quis ser, mas aquilo que sou.
Alguém melhor do que fui, que não desertou.
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