domingo, 12 de março de 2023



                      acordes dissonantes





                           "A arte e o amor devem exprimir, e não explicar" 

                            (Radindranath Tagore/1861-1941)



Se todas as cartas de amor são ridículas, como 

nos assegura o grande poeta lusófono, o que dizer dos 

tresloucados versos escritos 

sob o eflúvios da paixão desenfreada,

inebriados pelos momentos prazerosos

que só o idílio amoroso é capaz de proporcionar ?

Tolos ? Patéticos ? Ridiculamente sublimes ?

Provavelmente isso e muito mais.

Emergidos do fundo d`alma, amálgama de todos 

os sentimentos, 

o discurso amoroso, seja qual for, 

não concebe comedimento ou meias palavras.

Não se importa em ser tolo, patético, ridículo.

Que é exatamente o que o amor é.

Pleno de acordes dissonantes.



















 



 




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