ora, direis
A saga humana escalavra as entranhas do mundo.
Rompe a casca dura.
Perpassa a agreste inocência.
Tece secretas florescências.
De desditas se alimenta.
Compadecendo-se em miserável ternura.
À pantomina dos dramas evoca palavras de olvido.
Aprende-se a duvidar de tudo
para que o fardo alheio não nos pese.
Dores de toda espécie nos ladeiam.
As injustiças, as privações, os assassinatos
não nos dizem respeito.
Até chegar o nosso dia de padecer à revelia.
Imerecidamente, ora, direis.
Mas quem se importa ?
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