poema sem porto
O nosso silêncio me aproxima do que ignoro.
Os pensamentos envoltos em trapos
afastam uma grandeza pensada que morre comigo.
O mistério antigo e forte fala por mim e por nós.
Meu poema sem porto constela crimes hediondos.
Ausências que maltratam a consciência evolam o amor
incapaz de suprir.
Porque o clamor do luto e dos segredos corrói as entranhas.
A memória de um morto se interpõe a mudez do Gólgota
que ilumina os dias.
Não há ninguém que não sofra por um filho ingrato.
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