segunda-feira, 25 de setembro de 2023



        poema sem porto





O nosso silêncio me aproxima do que ignoro.

Os pensamentos envoltos em trapos

afastam uma grandeza pensada que morre comigo.

O mistério antigo e forte fala por mim e por nós.

Meu poema sem porto constela crimes hediondos.

Ausências que maltratam a consciência evolam o amor 

incapaz de suprir.

Porque o clamor do luto e dos segredos corrói as entranhas.

A memória de um morto se interpõe a mudez do Gólgota

que ilumina os dias.

Não há ninguém que não sofra por um filho ingrato.




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