o gosto de todas essências
Vêm águas dormidas
esconder o luzeiro da lua brunida.
Em silêncio, o pássaro cativo adivinha-se
distante da fruta proibida.
Perfumes paradisíacos dão graças
ao desejo lânguido de lábios adolescentes.
O passar desnuda luminescências atrozes.
Ausências confundem-se com a lenta perplexidade
dos adeuses.
Pois devemos penar, sós, como num deserto.
Para provar o gosto de todas as essências.
O breu de todas as fadigas.
Até que a vida reflua como um repousar de barcos
na singela quietude da praia.
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