ao pé da tarde
Apalpo minha penetrativa memória
sem pudor nem desleixo.
Embaixo da cama o pó se acumula.
O gato se esgueira pelo telhado
em busca de algum pássaro descuidado.
O dia azulado pendia ao rés da tarde,
quando, subitamente,
algo se partiu.
Mas ninguém viu,
além de mim.
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