molduras vazias
A medida que o tempo passa, as perspectivas
e expectativas
retroagem alheias às molduras vazias.
Os horizontes se estreitam, em meio a pedaços
de promessas e memórias.
A fronteira entre o ser e o ter encadeia virtudes
evanescentes.
No fim das contas, tudo gira em função do dinheiro.
Há que pôr comida na mesa.
Há que suprir, arcar, satisfazer.
Sem o quê não nada somos.
Sem o quê o rio feroz escoa pelo esgoto.
Os abraços reprimidos herdarão o choro dos renegados.
Desmoronam os cacos do presente imunes ao recital
de danos.
Sofremos mas resistimos.
A velha trama arquiteta o cio dos muros, imprudente
e hipocondríaca.
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