quinta-feira, 18 de julho de 2024



                   molduras vazias





A medida que o tempo passa, as perspectivas 

e expectativas

retroagem alheias às molduras vazias.

Os horizontes se estreitam, em meio a pedaços 

de promessas e memórias.

A fronteira entre o ser e o ter encadeia virtudes

evanescentes. 

No fim das contas, tudo gira em função do dinheiro.

Há que pôr comida na mesa.

Há que suprir, arcar, satisfazer.

Sem o quê não nada somos.

Sem o quê o rio feroz escoa pelo esgoto.

Os abraços reprimidos herdarão o choro dos renegados.

Desmoronam os cacos do presente imunes ao recital

de danos.

Sofremos mas resistimos.

A velha trama arquiteta o cio dos muros, imprudente

e hipocondríaca. 


 




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