a miséria humana
Estaremos prontos para o que der e vier ?
Nem hoje, nem nunca, ninguém nasce pronto.
Reze para que as esperanças não se enfureçam
diante dos desejos impuros.
Torça para que as pontes não desabem sobre o leito
dos rios entumecidos.
O dilúvio eterno lava a realidade efêmera que escorre
das sarjetas.
O poder que escoa das latrinas e fossas absorve
inocências perdidas sujas de êxtase.
O inescrutável guarda o segredo dos estupros.
A dança desvairada da terra acalanta os ventres
onde as medusas apodrecem.
Deixa tua alma repousar no leito inocente das prostitutas e
prostituídos, para que a paz te alcance, imunda.
A miséria da condição humana se esboroa
sob o peso da pureza pervertida
dos anjos exterminadores.
Diante das vistas complacentes do Criador.
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