para ti e por ti
Colmeias histéricas se esmeram em colecionar façanhas.
Acusador e acusado trocam de lado, assim que extinto
o ônus da prova.
Cada fruto segue a verdade e a mentira com a mesma devoção.
Não há bem-aventurança na gravidez dos espinhos.
Palavras obscurecem o entendimento.
A dor desconhece a prece dos mortos.
Poças onipresentes velam esperanças afogadas.
Entre quatro paredes a loucura disfarça a realidade
cancerosa.
O mistério da vida inventa histórias e as desmente.
Toda mudez será perdoada.
Me vejo vagando entre cabeças cortadas e jihads
sem sentido.
O truque é não levar nada à sério.
Promessas puxadas por carruagens de outrora zelam
pela existência cega.
O ser humano é carcereiro de si mesmo, quando
se priva da liberdade.
Todo sacrifício sabe de onde veio, mas não sabe se volta.
Para ti e por ti, o efêmero dispensa o eterno.
Nada tema, a morte a todos espera
de braços abertos.
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