o ressignificado das coisas
Tudo na vida carece de ser revisto, revisado.
Conceitos, opiniões, estão sempre sujeitos a mudanças,
novos enfoques.
É preciso atinar com o ressignificado das coisas.
O que há por trás das aparências, do jogo de interesses.
Entender o seu papel requer estar atento a linguagem
cifrada do gestos e símbolos.
Saber distinguir a realidade da imaginação.
A representação do mundo abastece-se de inteligência
cega e de opressivas verdades.
O ressignificado das coisas desmonta a armadilha dos
enganos, ilumina a decadência das virtudes.
As máscaras que caem escancaram o despropósito dos pactos
sem sentido.
Certezas metafísicas, palavras e promessas vazias,
no fundo meras masturbações mentais de relações
superficiais.
Ninguém jamais se cura dos próprios males
sem a ascese dos disfarces.
Ser como se fôssemos deixa-nos à deriva de perguntas
(im)pertinentes.
Para que eu sirvo, afinal ? - é uma delas.
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