segunda-feira, 19 de maio de 2025

                   mulher objeto


Amo a vida, apesar de tudo

Amo tudo que é mudo, infecundo,

e até o eventualmente imundo.


Amo o obscuro, o que refulge no escuro.

Não necessariamente belo, muito menos puro.

Apenas e tão somente, humano.


Amo o imprevisto, o improvável.

O obsceno, o ordinário.

E acima de tudo, o palpável.

O que pode ser comprado

por um preço razoável.


Amo você, mulher objeto.

Sem dono, sem disfarces.

Sem margem de erro.

Fiel ao lema

que é dando que se recebe.






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