domingo, 25 de maio de 2025


                      desencanto



Algo de nós ficou

no limbo das lembranças.

O que sou, o que és, dueto de sonhos

e equívocos.

O desencanto recitado em prosa e verso,

entre rajadas frescas de vento.


Você foi a chave da minha ignição.

De tão grande, nosso amor morreu de inanição.

Era feliz e sabia.

Sempre estive consciente de tudo.

Se acabou foi simplesmente porque

o que é bom também enjoa.


Algo de nós conspira contra.

Algo de nós não inspira confiança.

Algo de nós quer o novo

mas não se desprende do velho.


O que sou, o que és, dueto de sonhos

e equívocos.

O desencanto recitado em prosa e verso,

entre rajadas frescas de vento.

Algo de nós retorna a sua forma insurgida e plena,

a fim de restabelecer o equilíbrio do nada.



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