sempre que me perdi
Sempre que me perdi,
tive a sorte de me reencontrar.
E para cada coisa que perdi,
veio outra em seu lugar.
Vi a mocidade passar
como se nunca fosse acabar.
Vieram as perdas, as desilusões.
E uma nova vida emergiu da maturidade.
Iluminada pela beleza da solidão.
Nada tenho a lamentar ou reclamar.
Entre o que fui e o que sou, renasci
como um náufrago resgatado
no rebojo dos dias.
O tempo mudou de rosto.
Já não é de mel o seu gosto.
Se no presente tudo se desfez,
nem por isso sofro ou sou infeliz.
Meu destino segue contrapondo-se
ao inesperado.
Mesmo diante dos paradoxos, experimento
uma felicidade nova,
ainda não inventada.
Sempre que me perdi,
tive a sorte de me reencontrar.
E para cada coisa que perdi,
veio outra em seu lugar.
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