quinta-feira, 31 de maio de 2018
domingo, 27 de maio de 2018
sexta-feira, 25 de maio de 2018
quinta-feira, 24 de maio de 2018
sábado, 19 de maio de 2018
JÁ ERA
Amor que é amor tem que ser meio doido.
Doído como unha encravada.
Ardido feito pimenta malagueta.
Tem que ser osso duro de roer.
Incomodar como dor de dente.
Dar raiva, vontade de bater.
Porque amor que é amor
Amor que é amor tem que ser meio doido.
Doído como unha encravada.
Ardido feito pimenta malagueta.
Tem que ser osso duro de roer.
Incomodar como dor de dente.
Dar raiva, vontade de bater.
Porque amor que é amor
não comporta indiferença.
Não se acomoda, não dorme de touca.
Briga pelo que lhe pertence.
Briga pelo que lhe pertence.
Não deixa barato.
Não dá sopa para o azar.
Pois confiança tem limite.
E quem ama cuida.
Não dá sopa para o azar.
Pois confiança tem limite.
E quem ama cuida.
Não deixa o barco adernar.
E se deixou, é porque não era amor.
Pode até um dia ter sido,
mas se deixou murchar, já era.
Como uma flor que esquecemos de regar.
Pode até um dia ter sido,
mas se deixou murchar, já era.
Como uma flor que esquecemos de regar.
sexta-feira, 18 de maio de 2018
paulada
"A verdade é uma só..."
Tive um amigo que adorava usar essa expressão, que me irritava profundamente. Acho que por isso vivia repetindo, só para me aporrinhar.
- Como assim, a verdade é uma só se a verdade pode ter mil caras, se cada um tem a sua verdade - lembro de ter contestado algumas vezes, inutilmente, até me dar conta que era um dos tais vícios de linguagem que repetimos à moda dos papagaios.
Mas eis que hoje me vejo compelido a dar crédito a expressão do meu amigo, ante a constatação de que há de fato, verdades que soam como insofismável.
Como aquelas ditas (não todas, é claro) no calor da discussão, no auge da raiva, quando o vale-tudo verbal abrange tudo o que normalmente é varrido para debaixo do tapete, ou engolido à seco, às vezes anos a fio.
Algo que geralmente acontece em meio ou no fim dos relacionamentos litigiosos, quando de repente toda sorte de podres reais e imaginários vem à tona. Um troço tão triste e deprimente, em que a carga de mágoas e ressentimento é despejada de uma só vez, a ponto de a outra parte - e a própria relação em si, às vezes longeva - ser rebaixada ao nível mais baixo.
"A verdade é uma só " aí se encaixa perfeitamente no contexto em que a raiva desnuda aquilo que vinha sendo escamoteado e maquiado há anos, e cuja revelação assim de supetão, sem máscaras ou disfarces, representa uma das maiores pauladas que se pode receber na porra da vida.
quinta-feira, 10 de maio de 2018
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