sábado, 1 de junho de 2019
sexta-feira, 31 de maio de 2019
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Não aceito mais nada pela metade.
Mais nada que não seja verdadeiro.
Nada que não venha do coração.
Chega de faz de conta. De embromação.
Não me venham mais com conversa fiada.
Histórias da carochinha, desculpas esfarrapadas.
Estou oficialmente dispensando tudo que não seja
sincero, espontâneo.
Estou farto de dissimulações, fingimento.
Coisas feitas na base da obrigação.
Curiosamente, conheci alguém que diz ser
Estou farto de dissimulações, fingimento.
Coisas feitas na base da obrigação.
Curiosamente, conheci alguém que diz ser
o oposto disso.
De ser capaz de aceitar tudo, desde que nada seja omitido.
Nada seja escondido, desejos, fantasias, etc.
Em tese, uma maravilha; na prática, logo descobri,
uma mera estratégia de quem perdeu a capacidade de amar.
Que só vê o lado prático da coisa, ou seja, $$$$$$$...
Que pena, tanto potencial,
desperdiçado à troco de uns trocados...
Será que a vida se resume a enganar
De ser capaz de aceitar tudo, desde que nada seja omitido.
Nada seja escondido, desejos, fantasias, etc.
Em tese, uma maravilha; na prática, logo descobri,
uma mera estratégia de quem perdeu a capacidade de amar.
Que só vê o lado prático da coisa, ou seja, $$$$$$$...
Que pena, tanto potencial,
desperdiçado à troco de uns trocados...
Será que a vida se resume a enganar
e ser enganado ?
terça-feira, 28 de maio de 2019
a musa improvável
Na noite infinita, a paz profunda e maldita.
A alma reverberando em dúbios e temerários sonhos.
A chama outra vez ardendo.
Oh, minha cara, que tão voluptuosamente chegaste,
e um bordão de esperança entoais,
pede entrada em meus depauperados umbrais.
As delícias do gozo outra vez deixando entrever.
Eis que o tempo de esquivanças e súplicas amainou.
Benvindo o novo amor que chega.
Louco ? Insalubre ? Pois que assim seja !
Contraditório e imenso, hei de a carga suportar.
Tornei-me invencível.
O amor que um dia tive ramificou-se ao infinito.
Uma cota de prazer é o que basta.
Benvinda, pois, musa improvável, de um tempo
Uma cota de prazer é o que basta.
Benvinda, pois, musa improvável, de um tempo
improvável e incerto.
A qual mais uma vez me entrego.
Tanto faz se a mim mesmo contradigo.
Afinal, nada pode ser perdido
se não for vivido.
A qual mais uma vez me entrego.
Tanto faz se a mim mesmo contradigo.
Afinal, nada pode ser perdido
se não for vivido.
segunda-feira, 27 de maio de 2019
os mentirosos e os donos da verdade
Uma pesquisa recente feita no Reino Unido apurou que as pessoas mentem ou distorcem mais da metade das coisas que falam durante um único dia. Já pensou ?
Fiquei curioso e pensei em fazer um teste comigo mesmo, retroativamente, é claro, mas desisti porque eu, sem querer sem melhor que ninguém, cheguei num estágio da vida em que praticamente não minto.
Não só porque vivo praticamente sozinho, e com as poucas pessoas com que me relaciono as conversas são quase só sobre banalidades, mas, sobretudo, porque não preciso mais mentir. Não tenho mais razões para mentir. Afora o fato de estar mentindo agora...
O problema é que a mentira em si não é o maior problema, se me perdoam a redundância. De certa forma, em certa dose, mentiras são necessárias, não há relação que se sustente sem elas. Outro dia ainda revi um filme antigo do Jim Carrey, talvez o melhor dele, "O Mentiroso", em que seu filhinho pediu a fada madrinha, como presente de aniversário, que o pai, mentiroso e embromador de carteirinha, como todo advogado que se preze, passasse ao menos um dia sem falar mentiras. Imagine, um advogado, em pleno tribunal, ter que falar só a verdade... Hilário. Acabou sendo preso por desacato...
Mas acabou servindo de lição, e o final foi bem bacana, fodido mas reconquistando a confiança e o respeito não só do filho como da própria ex... que inveja.
Mas voltando ao tema, mentir, sobretudo mentiras sinceras, bem intencionadas, são a chave de todos os relacionamentos bem sucedidos. Sem ironia, sem falso moralismo. No mínimo, omitir. O que não deixa de ser uma mentira. Encrenca bem maior, quase sempre incontornável, é a distorção dos fatos, da realidade, às vezes até não por má fé, desonestidade intelectual, mas limitação mesmo.
São os chamados donos da verdade, pessoas convictas e intransigentes em seus pontos de vista, na maneira de encarar as coisas, que simplesmente rejeitam a versão, a verdade dos outros.
É mais ou menos como bater de frente num muro. Pode-se dialogar, argumentar, apelar para tudo, mas quando a outra parte bloqueia, se nega a dar crédito a qualquer outra coisa diferente do que pensa, a possibilidade de entendimento - e de convívio duradouro - é praticamente nula. Ainda mais àquelas que apelam para a religião e preceitos bíblicos para corroborar suas fantasiosas e monolíticas teses.
A mesma pesquisa chegou a conclusão de que a humanidade, grosso modo, se resume a três categorias : a dos que não sabem nada e sabem disso; a dos que não sabem e pensam que sabem (a grande maioria); e a dos diferenciados que tangem a boiada.
Ainda não sei em qual delas me enquadro melhor.
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