segunda-feira, 7 de setembro de 2020


                           voar não dói

                     





Ontem, hoje, amanhã,

 o que foi, o que tive, o que sou, 

o que me sobrou...

Tempo e espaço que se combinam

no que vai, no que vem.

Bençãos e desgraças irmanados.

Incautos aqueles que amam

sem esperar o soco, o troco, o tiro.

Como se fosse possível amar sem brigar,

sem se estranhar,

sem se decepcionar.

Como se a gente pudesse combinar

de nunca se machucar.

Arre, não é assim que funciona.

Voar com as asas feridas dói.

Mas é preciso.

Porque é voando que a ferida cura.







Ah, sim, 

o cara é bom no que faz.

Mais um zé ninguém que de repente 

vira celebridade,

enche o cu de ganhar dinheiro.

Viva o funkeiros, youtubers, 

influencers.

Para a cultura do lixo,

público nunca faltará.








Parar de escrever.

Por mais que eu queira,

não consigo. 

Não enquanto não encontrar a linguagem em estado de pureza selvagem,como nos versos de Octávio Paz;ou falar o infalável como Goethe;dispor as melhores palavras na melhor ordem, a la Coleridge;

ou simplesmente, fingir que sinto a dor que deverasmente sinto,tipo Fernando Pessoa.

Se bem que isso eu já faço. 

Então, me aguentem.

 








Quanto mais bela a mulher, 

mais infeliz ela é. 


Ser feio é ser livre. Sem o jugo da beleza. 


A arte suprema da vida consiste

em não decair na subida 

e não cair na descida.


Quanto mais se vive, mais se desaprende.

O único aprendizado que presta é o da infância.










 

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