domingo, 1 de novembro de 2020
sábado, 31 de outubro de 2020
um pouco de história ( e heroísmo)
A notícia correu célere pelas ruas do Recife.
Frei Caneca havia sido preso, a "Confederação do Equador *"
estava aniquilada pelas tropas imperiais.
Por onde passava o cortejo, ouvia-se
gemidos de dor e compaixão.
Diante do patíbulo, o preto Agostinho Vieira,
cuja pena
de morte seria comutada, recusa o papel de carrasco,
e é morto a coronhadas pelos soldados.
Outros presos, também condenados à morte,
negam-se a executar a nefanda tarefa.
Ordena-se então que em vez de enforcado,
o réu seja fuzilado.
A tropa se agita. Um soldado desmaia. Mas ordens são
ordens, e um pelotão é formado.
Frei Caneca é amarrado a um poste, mas dispensa
a venda nos olhos.
Perguntado se tinha algo a dizer, um último desejo,
foi firme :
"Amigos, apenas peço para que caprichem na pontaria,
não me deixem padecer por mais tempo..."
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* A assim denominada, "Confederação do Equador", foi uma revolta
popular ocorrida em 1824, liderada por Pais de Andrade, que se
espalhou pelos estados nordestinos, e contou com a adesão
de vários padres engajados na causa republicana, entre os quais
o mais querido e proeminente, Frei Caneca. Cuja execução teria
acontecido mais ou menos nas circunstâncias acima relatadas.
quando um ama e o outro não
O que me conforta hoje
é saber que fiz o melhor que pude.
Consciente de que perdi tempo demais
ao insistir em causas perdidas.
Com pessoas que não foram
merecedoras do meu amor.
Errei ao ignorar que quando o amor
acaba, ou sequer existia,
insistir de nada adianta,
piora ainda mais as coisas.
Nem todos conseguem entender
que quando o amor acaba para um,
mas para o outro não,
o mínimo a fazer é respeitar,
tratar com carinho,
e jamais, jamais,
deixar que a mágoa e o ressentimento
se sobreponham ao que de bom
foi deixado para trás.
Não massacrar ainda mais um coração
que sofre
sem ter culpa por amar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
o novo padrão vigente
Não invejo as novas gerações.
Com seus brinquedinhos eletrônicos.
Seu estilo de vida fútil, promíscuo,
regado à drogas,
fiéis devotos do consumismo, da cultura do lixo.
De gostos e hábitos estranhos.
Imersos no mundo virtual.
Escravos da aparência, dos modismos, das grifes.
Manipulados por gurus de araque.
Idólatras, ególatras, desajustados,
eis o novo padrão vigente.
Em que o normal
é não ser normal.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
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