a nova ordem
Aqui e em todo lugar,
a vida que é só sortilégio e alegoria
chafurda em pequenos apocalipses,
maquiada de pseudoverdades.
O inventário dos sentimentos remonta a obituário.
Editado e incompleto.
Expressamente gótico e atemporal.
Uma nova ordem emerge do mundanismo mosqueado,
revisando as emoções,
borrifadas de ardis patológicos.
Nada se retém que não seja palpável.
Mentes laboriosas somatizam a incúria coletiva.
Preservo meus erros sobre o lento escoar dos significados.
O peso eterno do mundo sucumbe ante o aprendizado
deformado, impregnado de valores abstratos.
O homem brinca de deus, sob a algidez feérica
dos algoritmos.
Na carência dos sentimentos, amar e desamar é só
uma questão de vontade.
Para tudo há reposição.
Basta ter dinheiro.