de mal à pior
Dissoluto, o mundo reinventa o seu inferno
entre pressurosos prenúncios.
As coisas presumidas fogem ao controle.
A conivência é pior que a leniência.
Vamos aos fatos : tudo vai de mal à pior.
O gato que não regressa
nos preocupa mais
que o derretimento das geleiras.
A vida se revela e se mascara evocando
a paz de seu tormento.
É sempre do imprevisível que os roteiros
distorcidos emanam.
Entrelaçados mundos recriam o indizível.
O drama da convivência urde o seu repertório
de máscaras para seguir além dos enganos.
O incerto e o novo nos atraem
para que a vida seja como deveria ser.
Nada se compara a felicidade que se perdeu.
O que (não) existiu é sempre melhor.
Tudo fica aquém das expectativas,
diante dos sonhos de criança.