Quase lá. Reportagem de A Tribuna com o amigo das tartarugas.
sábado, 15 de junho de 2019
sexta-feira, 14 de junho de 2019
O SONHO MAIS BELO
Acordei do mesmo jeito de sempre,
mas me senti diferente.
Ah, os mistérios da mente...
Afinal, estava tudo igual.
Nada havia mudado.
Acordei sozinho, como tenho estado,
desde que meu amor foi embora.
Por que, então, essa leveza ?
Esse quase livramento,
como se tivesse desencarnado ?
Mas, não.
Me senti vivíssimo.
Atento ao lindo dia que se prenunciava.
Tratei logo de fazer o que mais gosto :
sair para andar, o mesmo trajeto de sempre.
Meu divã, minha terapia,
meu caminho de Compostela.
Ao longo do qual não tardei a atinar
com o motivo de ter acordado diferente.
Diria até, contente.
Me senti vivíssimo.
Atento ao lindo dia que se prenunciava.
Tratei logo de fazer o que mais gosto :
sair para andar, o mesmo trajeto de sempre.
Meu divã, minha terapia,
meu caminho de Compostela.
Ao longo do qual não tardei a atinar
com o motivo de ter acordado diferente.
Diria até, contente.
Lembrei, então, que com ela havia sonhado.
O sonho mais belo, em que ela se ria,
ria a não mais poder.
Riso que eu daria tudo,
todo dinheiro do mundo,
para ouvir outra vez...
quinta-feira, 13 de junho de 2019
FUNGAR NO CANGOTE
Meu saudoso pai tinha um diagnóstico muito sucinto e certeiro para o secular atraso de nosso país. Dizia que o maior problema do Brasil é que enquanto há um tentando fazer as coisas certas, há vinte atrapalhando. Dos quais, dez por meios ilícitos, acrescento eu.
E isso em todos os setores, é fácil constatar. Os medíocres, invejosos, desonestos e despreparados estão sempre pondo obstáculos ou defeitos. Não fazem e não deixam os mais capazes fazer. Como acontece agora em relação a perseguição nefasta e desesperada que se faz ao símbolo do combate a corrupção no país, Sérgio Moro, e extensiva ao pessoal da Lava-Jato.
Que se limitada à corja petista desapeada do poder, com seu líder trancafiado há mais de um ano em Curitiba, até seria compreensível, pois ninguém entrega a rapadura sem luta. Mas o que revolta e agride as pessoas de bem, que apostaram no discurso moralizador de Bolsonaro, é ver setores importantes e até fundamentais nesse processo, aliados aos que saquearam e afundaram o país sob a égide da praga lulo-petista.
Desde a posse do novo governo, não houve um dia de trégua nessa conspiração hedionda articulada por setores que temem, e já sofrem, os efeitos das medidas saneadoras aos pouco implementadas. Setores poderosos, gente influente solidamente fincada na mídia, no congresso, na suprema corte, que se mostram capazes de tudo para desestabilizar e se possível, inviabilizar o governo que ameaça acabar com as seculares pilhagens e mamatas da cleptocracia até outro dia reinante.
Mobilização que chega agora ao auge, a sua cartada decisiva, bem ao estilo esquerdopata de fazer as coisas, com base em escutas criminosamente hackeadas entre o então juiz Moro e a força-tarefa da Lava-Jato. Material que pelo que foi até aqui vazado, nada acrescenta ao que já se sabia, a não ser a obstinação em manter Lula trancafiado. Condenações que de resto foram mantidas em segunda instância.
De qualquer forma, um prato cheio e providencial para a corja de conspiradores voltar a por lenha na fogueira. Com tanta fome e disposição que nem o fato de ser um material obtido ilícita e criminosamente, sem qualquer apuração de sua veracidade, se foi editado, tirado de contexto, está sendo levado em consideração por aqueles determinados a minar a imagem de Sérgio Moro.
A começar pelo patrono da bandidagem, Gilmar Mendes, que já se apressou em recolocar em pauta a questão da prisão em segunda instância, para o dia 25 próximo.
Além de antecipar seu voto, ele já adiantou também ser favorável a anulação de todas as apurações da Lava-Jato, por considerar o material contaminado pela suposta parcialidade de Moro e cia.
Isto posto, só vejo uma saída para evitar um retrocesso desastroso para o país : sitiar o plenário do STF no dia 25. Que os patriotas saiam às ruas, como nas históricas manifestações de 2013, e cerquem o palco em que os inimigos da pátria pretendem destruir as conquistas que levaram a alma das pessoas de bem desse país. Fungar no cangote dessa gente a essa altura é a única coisa capaz de surtir efeito.
quarta-feira, 12 de junho de 2019
se eu morrer amanhã
Se eu soubesse que ia morrer amanhã,
nada de especial me ocorre fazer.
Provavelmente, as mesmas coisas de sempre.
Não iria procurar ninguém para me despedir
E muito menos para me desculpar,
pelo que fiz ou deixei de fazer.
O que está feito, está feito, é tarde para consertar.
Também não tentaria me reconciliar com Deus,
pois seria muita hipocrisia.
E Ele saberia.
Nada de preces ou arrependimentos tardios.
Estou preparado para ser julgado por meus atos,
Responder por meus pecados.
Que foram muitos, alguns imperdoáveis.
Que me valeram o desprezo de pessoas que muito amei.
Quem sabe o tempo me faça justiça.
Não deixaria nenhum carta de despedida.
Essas baboseiras que não servem para nada.
O que fiz em vida que fale por mim.
Quando muito, que deem um fim digno à velha carcaça.
Se algum órgão pode ser aproveitado.
E o que sobrar, a exemplo da minha mãe,
dispenso velório.
Pois como disse a velha,
não quero ninguém chorando lágrimas
(de crocodilo) em cima do meu caixão.
Que incinere-se o corpo,
e espalhem as cinzas em qualquer lugar
como tributo a vida boa que tive.
Ou joguem na privada.
Por mim tanto faz.
Não me ocorre fim mais apropriado
para esse melancólico fim de jornada.
terça-feira, 11 de junho de 2019
SER HUMANO
Interessante como a vida da gente de repente pode encolher, ou desidratar, para usar uma expressão da moda. Quando vemos o trabalho afundar, a família desintegrar, a vida afetiva desmoronar, distante dos poucos amigos, agarrando-se a alguns poucos interesses para segurar as pontas.
Tudo isso numa espécie de efeito cascata, como à corroborar a velha tese de que desgraça pouca é bobagem.
Como adepto da teoria da lei do retorno, acredito que tudo, ou quase tudo o que nos acontece, é consequência de nossos próprios atos. Das opções, crenças, maneiras de como lidamos com as peripécias e trapaças da vida. Processos em que os erros e trapalhadas são inevitáveis e de certa forma, vitais para o conjunto da obra, pois são através deles que se dá o crescimento e a sabedoria para seguir em frente sem desabafar. E eventualmente, ser feliz, dentro do conceito que cada um tem de felicidade.
Quanto a impressão, que às vezes se tem, de que nada é tão ruim que não possa piorar um pouco mais, talvez seja em função da corrente de negatividade produzida por nossa mente, a cada porrada que levamos. É a única explicação razoável que me ocorre para explicar o verdadeiro círculo vicioso que se desencadeia em certas etapas de nossas vidas, mormente na velhice, levando tudo de roldão, e em casos extremos, ao nocaute.
Não faço segredo de que estive nas cordas algumas vezes. O castigo foi e continua sendo grande, os joelhos chegaram a dobrar, mas ainda não me curvei. Em poucos meses me vi descartado de um casamento de 18 anos, minha irmã Ingrid faleceu após dois anos lutando contra uma leucemia, sofri um golpe de um antigo parceiro comercial, perdi meu principal cliente por conta de um mal-entendido bobo, e otras cositas más, que prefiro nem comentar.
Não tenho como saber se o mais difícil passou, nunca se sabe o que o destino vai aprontar, mas espero que sim. Já me conformei com as perdas, também não me preocupo mais em resgatar coisas que não dependem de mim, e troquei a revolta e o negativismo pela resignação.
Estou consciente do que represento para as poucas pessoas que ainda fazem parte da minha vida. Felizmente, ainda não sou um estorvo para ninguém. Felizmente, ainda consigo ser útil e capaz de cumprir dignamente com meu papel de pai, provedor e ser humano.
Sobretudo, este, o de SER HUMANO. Com virtudes e fraquezas. Com qualidades e defeitos. Provavelmente mais estes do que aqueles, mas sempre colocando o coração acima de tudo.
segunda-feira, 10 de junho de 2019
AS MAIORES MENTIRAS
DE TODOS OS TEMPOS
1. O crime não compensa.
Compensa, sim. Tanto hoje como antigamente, só os incautos ou ladrão de galinha é punido. Por incauto entenda-se o criminoso
inveterado ou descuidado, que se acha muito esperto para ser pego. No geral, o crime continua sendo a atividade mais lucrativa do mundo.
2. A justiça tarda mas não falha.
Tarda, sim, como de costume. E o pior é que falha, e muito. No Brasil principalmente, por conta não só do código penal leniente como de magistrados despreparados e corruptos. Vale para nossa justiça o mesmo sentimento de desconfiança e medo que se tem da polícia.
3. A vida começa aos 30.
A minha, infelizmente, só piorou.
4. Juro pelo que há de mais sagrado...Te dou a minha palavra...
Quem já não ouviu tais promessas enfáticas e solenes, que não tardam a ser descaradamente quebradas ?
5. Dinheiro não compra felicidade.
Ah, tá. Vai nessa. Pode não evitar enfermidades, desgostos, e eventualmente até desgraças, mas nada nos consome mais do que a falta de grana. Agora mesmo, de bom grado tiraria um ano sabático de tudo se eu tivesse algum sobrando.
6. "Te amo por toda minha vida..."
Sem querer colocar em dúvida a existência do amor verdadeiro, a verdade é que na maioria das vezes, confunde-se as coisas. Confunde-se amor com paixão, carência, conveniência, e até amizade. Passada a empolgação, cai-se na real, quebra-se a cara, e o estrago muitas vezes é irremediável. Casamentos infelizes, desfeitos, filhos que pagam o pato. Não se iluda com o uso abusivo e indiscriminado da terminologia amorosa, não seja burro de levar à sério quando lhe sussurrarem, "você é o amor da minha vida"...
2. A justiça tarda mas não falha.
Tarda, sim, como de costume. E o pior é que falha, e muito. No Brasil principalmente, por conta não só do código penal leniente como de magistrados despreparados e corruptos. Vale para nossa justiça o mesmo sentimento de desconfiança e medo que se tem da polícia.
3. A vida começa aos 30.
A minha, infelizmente, só piorou.
4. Juro pelo que há de mais sagrado...Te dou a minha palavra...
Quem já não ouviu tais promessas enfáticas e solenes, que não tardam a ser descaradamente quebradas ?
5. Dinheiro não compra felicidade.
Ah, tá. Vai nessa. Pode não evitar enfermidades, desgostos, e eventualmente até desgraças, mas nada nos consome mais do que a falta de grana. Agora mesmo, de bom grado tiraria um ano sabático de tudo se eu tivesse algum sobrando.
6. "Te amo por toda minha vida..."
Sem querer colocar em dúvida a existência do amor verdadeiro, a verdade é que na maioria das vezes, confunde-se as coisas. Confunde-se amor com paixão, carência, conveniência, e até amizade. Passada a empolgação, cai-se na real, quebra-se a cara, e o estrago muitas vezes é irremediável. Casamentos infelizes, desfeitos, filhos que pagam o pato. Não se iluda com o uso abusivo e indiscriminado da terminologia amorosa, não seja burro de levar à sério quando lhe sussurrarem, "você é o amor da minha vida"...
7. Deixa eu por só a cabecinha...
Dentro da mesma temática, quem já não passou por essa situação ? Mentira aparentemente inofensiva, mas sujeita ao resultado que todos sabem.
8. Deus está no comando. Deus sabe o que faz.
No comando do quê mesmo ? Como assim, sabe o que faz ? No comando dessa esbórnia ? Só se for tipo aquele filme, "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu." Retoricamente, tudo bem, até se entende que as pessoas precisem de amparo, de um guarda-chuva, mesmo que na prática tudo se revele inútil, e o que prevaleça mesmo é a lei do livre arbítrio, condimentada pelo acaso. Fique em casa coçando o saco ou saia por aí fazendo desatinos, para ver se Deus resolve.
9. Detesto mentira !
Fuja correndo ou disfarce a risada quando ouvir semelhante afirmação. Segundo uma pesquisa recente no Reino Unido, em média mais da metade das coisas que as pessoas falam durante o dia ou são mentira, ou distorções da realidade. Ou seja...
10. Eu não tenho preconceito.
Tema tão antigo quanto controverso, em torno do qual a humanidade se debate desde priscas eras. A rejeição e a resistência a aceitação de outras etnias, credos, e inclinações sexuais, sempre foram - e provavelmente continuarão sendo - o grande entrave para o utópico congraçamento humano.
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