roubando a loucura dos loucos
O tumulto das nuvens sobranceia almas triunfantes.
A elegância dos preconceitos emaranha-se
em labores desafinados.
A morte branca engendra ignorâncias iluminadas.
Nós somos a esmeralda das águas, a matiz dos colibris
em chamas.
Ventres estéreis acalantam o mundo com seus
segredos estelares.
Cantarás e eu saberei que as feridas alumiam apoteoses.
Descansarás, pois, humildes e imaginosos
ante a clâmide austera da ciência.
Preceptores malsinados entretecem desditas silentes.
Roubando a loucura dos loucos.
Somos eras proferindo cascatas marulhentas em prol de ovações
proféticas.
Fídias esculpe o belo absoluto que a plebe ignara ignora.
Para que a erudição ? Para que o conhecimento ?
Universaliza-se a cultura do lixo para gáudio da humanidade.
LAOS DEO ! promulga a multidão apoplética.
Babel haveria de se rir de nosso destino.
Rastros de antigos acordes acabam em danças feéricas.
Nada se ajusta sem que se macule e se conspurque.
Não tenho nada contra, muito menos a favor.
Humanamente impossível não mentir.
Hoje, amanhã e sempre !
Marchamos certo, por causas tortas.
Trágicas criaturas, para onde vão ?
Votivas sensitivas ampliam os cemitérios.
Meu nome é amor mas pode me chamar de iva,
pássaro, anjo.
Crucificado já estou.