o rosto
Um rosto paira no silêncio da noite.
Flutua sobre o tempo vivo, remanescente do fracasso
de um amor que sequer existiu.
Não do jeito que imaginava.
Não forte e invencível, como acreditava.
Às vezes é o que acontece.
De o amor não ser o que parece.
Pinta e borda no começo
para depois se revelar um autêntico blefe.
Um rosto paira no silêncio da noite.
Quisera poder apagá-lo da memória.
Mas está além da minha vontade.
Reluto em aceitar que não consigo te esquecer.
Que bem ou mal, te conhecer
foi a melhor coisa
que aconteceu na minha vida.