a grandeza de existir
Aos apelos do amor me rendo.
Esquecido das coisas mais secretas, com seus
artifícios de luzes e eclipses.
Somos a solidão da liberdade desperdiçada.
Cada ser engalana a grandeza de existir.
Sob o transitório trâmite de cada momento,
festejo os encantos que não se quebram.
Ruminando cada rito corrompido.
Me apraz a solitude das paredes.
A convivência é feita de ardis compassivos.
O preço do amor é ignorar o chumbo nos pés.
Para que cada instante seja outro, incorruptível.
Somos os mesmos que erigimos e destruímos, exilados
aos próprios olhos.
Surdos, cegos, mudos para o mundo que rói a vida.
O futuro é o passado engendrado pelo presente
inconcluso.
Em que a beleza desgasta rostos de pedra.