o réquiem do apocalipse
Barragens-bomba-relógio dizimam lugarejos inteiros.
Viadutos desmoronam na selva de pedra.
Logo serão prédios vetustos a cair,
o solo se abrirá para expelir lixo e fezes.
Nas cidades superpovoadas, mendigos disputarão território
com ratos e baratas,
e formarão uma irmandade que sobreviverá
ao Apocalipse.
Haverá mais carros do que gente.
Filas intermináveis congestionarão ruas e rodovias,
onde se abrirão enormes crateras,
engolindo passantes e veículos.
As cidades se tornarão inabitáveis,
de tanta gente.
Sem emprego suficiente,
haverá mais ladrões e prostitutas do que trabalhadores - se é
que já não há.
Chegará o dia em que não haverá comida suficiente,
água suficiente.
Lixões dominarão a paisagem, as praias contaminadas,
e a falta de saneamento básico
disseminará enfermidades
e doenças letais.
Não tardará para que as mudanças climáticas se intensifiquem,
os rios sequem, as geleiras derretam, os oceanos avancem,
espalhando destruição e dizimando populações inteiras.
Tudo devidamente documentado e transmitido em stremming,
com direito a selfies e tudo mais.
Para que os herdeiros do que sobrar do planeta
- se é que haverão - possam entender o que aconteceu.
E começar tudo de novo.
O réquiem do apocalipse já começou.
Chegará o dia em que não haverá comida suficiente,
água suficiente.
Lixões dominarão a paisagem, as praias contaminadas,
e a falta de saneamento básico
disseminará enfermidades
e doenças letais.
Não tardará para que as mudanças climáticas se intensifiquem,
os rios sequem, as geleiras derretam, os oceanos avancem,
espalhando destruição e dizimando populações inteiras.
Tudo devidamente documentado e transmitido em stremming,
com direito a selfies e tudo mais.
Para que os herdeiros do que sobrar do planeta
- se é que haverão - possam entender o que aconteceu.
E começar tudo de novo.
O réquiem do apocalipse já começou.